quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência

Exposição que traz registros produzidos pelo fotógrafo documentarista André Cypriano, composta por 33 fotografias em preto-e-branco, dois mapas, textos e legendas, montadas em painéis.

As imagens são resultado de pesquisa em 11 comunidades de origem quilombola do Brasil, todas em preto-e-branco digitalizadas. Vale lembrar que o Brasil possui aproximadamente duas mil comunidades quilombolas, sendo 35 aqui no estado de São Paulo, a maioria no Vale do Ribeira.

A exposição procura apresentar questões sócio-culturais das comunidades, mostrando sua realidade, além de promover o diálogo sobre os afrodescendentes pelas cidades por onde passa. A situação dessas comunidades hoje bem como sua relação com o passado é o mote da exposição, sendo que a maioria das comunidades ainda luta pelo direito de propriedade de suas terras, conforme instituído na Constituição de 1988.

A exposição já passou por várias capitais brasileiras e da América Latina desde 2007 e será levada a mais 13 cidades só no estado São Paulo.

Ela ficará em Osasco de 29 de agosto a 02 de outubro no Centro Municipal de Formação Continuada dos Profissionais de Educação de Osasco. Acompanhando a exposição, aos sábados, as Secretarias de Cultura e de Educação e a Coordenadoria de Gênero e Raça apresentarão uma série de atividades gratuitas relacionadas ao tema, com grupos de Capoeira, Jongo e Maracatu.

Este Projeto, em Osasco, conta com o patrocínio da ArcelorMittal Brasil e Belgo Bekaert Arames, com recursos do PROAC - Programa de Ação Cultural - Secretaria de Estado da Cultura e Secretária de Educação.


A exposição é baseada em livro homônimo publicado em 2006 sobre comunidades remanescentes dos quilombos.

Visitação:

29 de agosto a 03 de outubro de 2009

9h às 17h de segunda a sexta-feira

Aos sábados no período das atividades paralelas


(fonte: Literatura Cotidiana do meu amigo Marco Bogado.)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

E no quinto dia ele descansou...

E dando os trâmites por findos
Porque [ontem foi sábado]
Há a perspectiva do domingo
Porque [ontem foi sábado]
(brincando com Vinícius)
então
Hoje é domingo
pede cachimbo
cachimbo é de barro
bate no jarro
o jarro é de ouro
bate no touro
o touro é valente
bate na gente
a gente é fraco
cai no buraco
o buraco é fundo
acabou-se o mundo
.

domingo, 19 de julho de 2009

Dia, o Quarto

Mas não fiquei o dia todo no quarto não, fiquei mais foi na cozinha! Começei com uma mousse de chocolate, no almoço foi estrogonofe de frango e panquecas no jantar. Dei início à leitura da biografia de Renato Russo escrita pelo jornalista Carlos Macedo. Logo de cara gostei muito! Carlos Macedo faz toda uma apresentação do contexto histórico e político no Brasil desde Juscelino, com a construção de Brasília. Um excelente livro para ser usado nas aulas de História. Mas o melhor do dia foi assistir ao filme "The Legend of 1900". Como já narrei, ontem fiz a leitura do livro "Novecentos" de Alessandro Baricco. Hoje tive o prazer de ver este livro em forma de filme com a direção de Giuseppe Tornatore e a trilha sonora de Enio Morricone. Depois desta ficha técnica você acha que eu preciso escrever algo mais?

sábado, 18 de julho de 2009

Dia Terceiro

Suspiro... Dia de arrumação e viagem... Coloquei uma cortina, pendurei um mensageiro de vento que ganhei da Márcia, coloquei roupas de cama para lavar, estendi cobertores e travesseiros no sol, comprei uma arara para pendurar minhas roupas que estavam em caixas de papelão, enfim, deixei a casa pronta para minha viagem. Como terminei de ler "Quando Nietzsche chorou", estava ansioso para começar a ler "Novecentos". A viagem começa e o trânsito de São Paulo permite que eu leia e chore "Novecentos" antes de chegarmos em Jundiaí. É um livro pequeno, como todos os que eu já li de Alessandro Baricco: "Seda" e "Sem Sangue". Todos impactantes, todos de uma beleza difícil de adjetivar, todos com imagens encantadoras!! Um autor que TODOS precisam ler para se sentir mais humano, naquilo que o humano tem de mais belo!!

Fechado o livro, começa o espetáculo no poente: é o Sol se despedindo deste dia. Adoro viajar em horários em que o Sol está se apresentando no palco do horizonte. No ônibus este espetáculo varia a cada quilômetro e você só precisa se deixar levar pela paisagem que se descortina, divertindo-se com o balé de luzes e cores. Tanto faz o nascer do sol, ou o por do sol... adoro ambos. Posso vê-los diariamente e nunca me sento cansado. A exuberância ao nascer, a placidez ao se despedir. Assim devoro a Vida. Apesar de gostar de ver estes espetáculos dentro de um ônibus, o mais lindo nascer de sol que eu tive a oportunidade de vivenciar foi no alto de uma montanha; o Pico das Bandeiras. Caminhar a noite toda para chegar ao pico com a noite ainda presente. Chega-se ao pico, troca-se de camiseta para o delicioso conforto de uma camiseta limpa, que se aqueceu com o calor de seu próprio corpo dentro da mochila durante o trajeto... pequenos prazeres que fazem uma diferença inesquecível! Depois é se sentar quietinho e deixar a natureza brilhar. Enfim, Araras! Mãe, Irmã, Cunhado, Mathilde, a casa, o quintal, o quarto, a cozinha, a sala... tudo pulsando em mim!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Dia 2

Hoje o dia foi menos cansativo. Almoço com Regina, jantar com Márcia, cortar o cabelo com o Júnior, tomar um cafezinho com pão de tapioca e pão de café com recheio de chocolate no SESC Paulista (a foto do dia).
E: Vik Muniz!
Mais uma vez, sem fotos permitidas...
Foi interessante acompanhar como as obras se desenvolveram durante a carreira deste artista que atingiu o sucesso. Uma simples escavadeira riscando um osso no início, até chegar a toda uma equipe de agrimensores, tratores e caminhões para imagens muito mais elaboradas... indo até o vídeo onde se faz um zoom partindo do espaço e chega-se a imensos dados traçados na terra, talvez em alusão a Sartre!
As linhas, as nuvens, os diferentes materiais de composição em cada momento de seu trabalho, muitas vezes envolvendo várias pessoas na realização da obra e as diferentes formas de apresentação/reflexão do resultado.
Imperdível, apesar do padrão de mau humor e grosseria dos funcionários do MASP, mas isto é uma questão para os chamados Amigos do MASP...
Até amanhã, em Araras!!!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Primeiro Dia em Férias!

"Mais um ano se passou e eu me sinto velho e acabado" Riso! Nem tanto assim, mas... muito trabalho, pouco dinheiro e a gente vai levando, vai tomando, vai aprendendo e todos os gerundios que possamos usar. Ontem, para comemorar invadi outra comemoração; o aniversário da Glorinha!! Depois de trabalhar o dia todo, passar pelo SESC Paulista comer um bolinho de café com recheio de chocolate (eu mereço), comprar uma garrafa de saquê acessível ao meu salário, pude encontrar amigos e relaxar. Hoje, dia seguinte, quis alimentar minha alma e passei por dois museus deliciosos: a Pinacoteca e o Museu de Arte Sacra. Não vou aqui fazer o papel de divulgador turístico. Quero apenas relatar alguns prazeres que, para mim, são essenciais. Começar assim minhas férias me deixa mais tranquilo. Me iludo achando que viver como eu vivo vale a pena (pelo menos, vale muito mais que meu salário). E o trabalho da foto figura muito bem minha sensação. (Por favor, não ignorem minhas lamúrias, elas também fazem parte do texto, senão, acho até que não haveria graça, mesmo sendo pimenta nos olhos de outros.) Tinha também uma baleia vestindo blue jeans entalada logo na entrada... mas o que eu gostei e não me canso de ver é o acervo da Pinacoteca no segundo andar. Talvez volte no final de minhas férias para fazer um novo passeio, de preferência, no sábado, para não pagar a entrada. A exposição em preto e branco também está maravilhosa e a exposição de pinturas panorâmicas muito bacana. Depois uma pausa para o Café. Continuando a caminhada, tive a grande surpresa do dia: o Museu de Arte Sacra. O lugar é delicioso. Podemos até ouvir os sons da Avenida Tiradentes, mas aos poucos ele vai desaparecendo e o barulho da água da fonte, em um singelo jardim no centro do Museu nos leva ao transcendente. A sala com o altar de Nossa Senhora da Luz, com seus Lampadários de prata! Uau! É um momento a parte. No final, os presépios. Outro delicioso prazer! É maravilhoso ver como o ícone da natividade expressa de maneira tão linda a diversidade dos povos e das pessoas. Cores e materiais. Composições: no caso o grandioso Presépio Napolitano retratando não só a natividade, mas o cotidiano de uma cidade (doação de Ciccilo Matarazzo, uma outra história) mas que adquire maior beleza e significado nas mãos de uma baiana, em um presépio feito de tecido, cabelos e outros materiais, retratando a vida cotidiana em Salvador. Pausa para suspirar. Não fotografei nada neste Museu pois não é permitido. Depois, relaxar, afinal, estou em férias, então; Harry Potter, porque ninguém é tão culto assim. Ufa! Que Grande Dia! Agora, aqui em casa, na cama, curtindo as memórias do dia é aguardando os dias que virão. Quero terminar de ler "Quando Nietzsche Chorou" para começar "Novecentos". E depois? Não sei e, neste momento, não quero saber. Fica aqui mais uma foto tirada na Pinacoteca. Hoje, especialmente, ela tem um significado e beleza ímpar, e fica postada aqui mesmo, para dar uma força ao meu texto.