O dia seguinte amanheceu quente, como era de se esperar, embora estivesse frio para os padrões da região, apenas 31 graus.
Depois do café da manhã caminhei até o porto para conhecer embarcações e alternativas para a viagem até Belém. Fiz exatamente aquilo que todos me aconselharam a não fazer, adquirir a passagem com um dos vendedores da rua.

Mas é preciso tomar cuidado com gentilezas, pois a gentileza é uma mercadoria que custa caro. Nunca aceite uma gentileza sem perguntar seu preço antes, pois uma vez aceita, não há como discutir seu valor depois. Assim foi um passeio de lancha rápido para conhecer um dos barcos que poderia me levar até Santarém, cujo preço não vou citar pelo absurdo do valor em relação ao serviço prestado. Uma vez na armadilha, como sair dela?

O vendedor ganhou minha simpatia pelas informações e orientações. Decidi por sair de Manaus no dia seguinte, parar em Santarém para conhecer Alter do Chão e também adquiri, antecipadamente, a passagem Santarém-Belém no navio NM Amazon Star por R$ 140. Assim, a passagem Manaus-Belém saiu por R$ 230.
Esta mudança de programação proporcionou os momentos mais emocionantes da viagem, sobre o que tratarei mais tarde. Foi assim que uma viagem Manaus-Belém se tornou uma viagem Manaus-Santarém-Alter do Chão-Belém, um dia a menos em Manaus para obter um dia em Alter do Chão que valeram uma vida!
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