sexta-feira, 20 de julho de 2012

Lá, fora...

Um céu "estrelinhoso", como diz Mia Couto em "Terra Sonâmbula", o livro que me acompanha nesta viagem; "a escuridão nos faz nascer muitas cabeças".
     Terminado o espetáculo, depois do bis já esperado, ouço meu nome. O mundo pode ser grande, mas gira sem parar e, assim, aqui nos confins do país, encontro um amigo de minha cidade natal. Assim acontecem os encontros.
     Na praça, agora acompanhado, encontro algo para saciar minha fome; o tradicional Tacacá da Gisela, um caldo forte com folhas de macaxeira e camarões. Uma delícia para o gosto manauense, que aprovei e voltei para repetir a dose no dia seguinte.
     Mas a noite ainda não havia terminado. Pegamos um trem, literalmente, que faz um passeio turístico pelo centro, para chegarmos ao Clube do Rio Preto onde estava acontecendo a segunda festa da vitória do Boi Caprichoso.

     Lá chegando a festa já estava no fim, poucas pessoas dançando, mas ainda muita animação nos pés e nos corpos. Havia uma piscina onde um folião se jogava de vez em quando. Poucas músicas foram tocadas até que o silêncio dos tambores e das vozes determinasse o fim definitivo da festa.
     Persistindo na primeira noite em Manaus, continuamos nossa caminhada sem rumo pelo centro da cidade, buscando um lugar qualquer. Resolvemos tomar uma última cerveja no Bar do Armando, que também já estava em final de expediente.
     Teimosamente continuamos a busca por outro lugar para dar prosseguimento à noite, mas a inexistência de alternativas nos levou à despedida. Dadas as devidas lembranças ao amigo, seguimos, cada um o seu rumo.
     E assim foi o primeiro dia e a primeira noite em Manaus.

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